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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Lula vai à rua peitar o Golpe

20 dezembro 2012

CA

A elite não aguenta mais seis anos de governos trabalhistas. Dois da Dilma e mais quatro (da Dilma ou do Lula). Só o Golpe ! E é por isso que o Lula vai às ruas.


 Saiu no Brasil Atual:


‘Só há uma possibilidade de me derrotar: é trabalharem mais do que eu’, diz Lula


“No ano que vem, para alegria de muitos e tristeza de poucos, voltarei a andar por este país. Vou andar pelo Brasil porque temos ainda muita coisa para fazer, temos de ajudar a presidenta Dilma e trabalhar com os setores progressistas da sociedade”, declarou o ex-presidente.

(Foi) durante ato político de posse do novo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.






Navalha


Navalha
Na primeira tentativa de Golpe de Estado com o mensalão, em 2005, Lula também avisou que, se o Golpe tentasse subir a rampa, ele voltava para o ABC e enfrentava o Golpe.

Os historialistas pátrios, esses que dizem que o Jango caiu porque gostava de pernas – de coristas e de cavalos – poderão argumentar que Lula será enforcado como Jango, porque “o esquema” não vai funcionar.

No caso de Jango, fracassou o “esquema militar”.
No de Lula, fracassará o “esquema sindical”.

Tem uma pequena diferença.
Jango não nasceu na Vila Euclides.
Jango não tinha acabado de realizar um Governo do tipo Nunca Dantes, re-eleito duas vezes.

O sindicalismo de hoje é diferente, também.
O Rafael, o Sergio e o Vagner não são pelegos.
Têm muitos anos de experiência na batalha política, num ambiente de competição com as forças do insigne Paulinho da Força, cerrista explícito.

Eles seguem a tradição, ali no ABC, do próprio Lula, do Feijóo, Marinho, por exemplo.
O Celso de Mello não sabe onde se meteu.
O Luis Fux não sabe onde se meteu.

(O Gurgel já, já vai pra casa, com o Collor atrás dele. Será depositado na nota de pé de página a que tem direito na História Sinistra do Ministério Público, que transformou numa excrescência.)

Não foi por acaso de o Nunca Dantes anunciou no seu berço político que ia voltar à rua.
No Sindicato dos Metalúrgicos.
Lula vai defender na rua não apenas o seu legado.
Mas, um de seus legados, o Governo Dilma.

(Ou o Zé Cardozo, que amarelou e traiu o Maia, falou pela Dilma ?)

E vai defender a ordem constitucional, que o Supremo se prepara para rasgar de novo, com a decretação da prisão do José Dirceu.
A Casa Grande não tem candidato.
Não há de ser o Aécio Never, pífio nas pequisas pré-eleitorais, e pendurado nas denúncias repetidas de corrupção – como na Lista de Furnas.

Só pode ser o “elite da elite”, o cérebro e centro da Privataria Tucana.
A elite só tem uma saída.
O Golpe.
A Globo sabe disso: ela não ganha eleição.
Só serve para o Golpe.
O Golpe no Supremo.
Em que ela e o Ataulfo Merval de Paiva se tornaram o 12º Voto.
No Supremo, a Globo suspende o Orçamento de 2012.
No Supremo, a elite pretende cassar os direitos políticos do Lula, o “safo”.
Decretar o impeachment da Dilma.

E realizar o sonho que os mexicanos acabaram de materializar, com a eleição de Peña Nieto: privatizar a PEMEX.
Já já um Daniel Dantas da vida entra com um HC Canguru no Supremo e derruba a obra magna do Nunca Dantes – o pré-sal é nosso !

Não se iluda, amigo navegante.
A elite não aguenta mais seis anos de governos trabalhistas.
Dois da Dilma e mais quatro (da Dilma ou do Lula).
Só o Golpe !
E é por isso que o Lula vai para as ruas.
Já que o PT amarela, vai ele.
Esse é o significado do ato político de São Bernardo.



Clique aqui para ver fotos das recentes manifestações do #mexeucomLulamexeucomigo.


Paulo Henrique Amorim

Amaury Ribeiro Jr. promete revelar em novo livro bastidores do complô para derrubar Lula e Dilma




publicado em 19 de dezembro de 2012 às 20:32

Amaury e o primeiro petardo (foto LCA)

por Luiz Carlos Azenha

Na semana seguinte às eleições municipais em que Fernando Haddad derrotou José Serra em São Paulo, episódios estranhos começaram a acontecer em torno do premiado repórter Amaury Ribeiro Jr., autor do livro Privataria Tucana, o best seller que vendeu 150 mil cópias.

Primeiro, ele foi procurado por telefone por um homem de Guarulhos que prometeu documentos relativos à Operação Parasita, da polícia paulista, que investigou empresas que cometiam fraudes na área da saúde. Foi marcada uma reunião, mas a fonte se negou a entrar no local de trabalho de Amaury. Quando se encontraram pessoalmente, do lado de fora, a história mudou: o homem ofereceu a Amaury a venda de material secreto que teria como origem o despachante Dirceu Garcia.

No inquérito da Polícia Federal que apura a quebra de sigilo de dirigentes do PSDB, aberto durante a campanha eleitoral de 2010, Dirceu é a única testemunha que acusa Amaury de ter participado da violação. “Novamente, estão querendo armar contra mim”, diz Amaury. “Mas desta vez a trama foi toda gravada por câmera de segurança”.

Em seguida, outra situação nebulosa, desta vez supostamente para atingir a Editora Geração Editorial, que publicou o Privataria Tucana. Um “ganso” da polícia paulista marcou encontro com o diretor de comunicação, William Novaes, com o objetivo de entregar um dossiê que incriminaria vários políticos tucanos, entre eles o ex-senador Tasso Jereissati.

O encontro, do qual Amaury também participou, foi gravado por câmeras ocultas. Amaury acredita que o objetivo era entregar à editora material falso que pudesse ser usado para desqualificar seu livro. Diante da recusa, a mesma suposta “fonte”, que responde a vários processos por estelionato, ligou para a editora dias depois dizendo que Amaury corria risco de vida.
“Acredito que eles pretendiam me acusar de obstruir o processo em andamento, o que poderia até resultar em minha prisão”, avalia o repórter.


Na mesma semana, narra Amaury, o ex-sub-procurador da República, hoje advogado José Roberto Santoro, que segundo a revista Veja (http://veja.abril.com.br/070404/p_038.html) tem ligações com o tucano José Serra, procurou a direção do jornal O Tempo, de Minas Gerais, para intermediar um encontro com a direção do jornal Hoje em Dia, onde Amaury mantém coluna semanal.

O objetivo, segundo o repórter, seria reclamar de uma nota publicada na coluna de Amaury relativa a uma mineradora de Minas e ao ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung. Mas, de acordo com Amaury, no encontro Santoro não reclamou objetivamente do conteúdo da coluna. “Ele ficou falando mal de mim, tentando levar à minha demissão e quando foi advertido pelos diretores do jornal aumentou ainda mais o tom de voz, como se estivesse numa crise histérica”, diz o repórter. A coluna continua a ser publicada.

Qual seria a explicação para esta sequência de eventos?


Amaury explica: “Está ocorrendo um verdadeiro complô, articulado provavelmente por tucanos, com apoio de setores da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. O objetivo é derrubar primeiro o Lula e depois atingir a presidenta Dilma”.

Aqui, é importante lembrar que, na campanha de 2010, Amaury foi acusado pela mídia de integrar um grupo de inteligência a serviço da campanha de Dilma Rousseff, aquele que teria violado o sigilo fiscal de tucanos. O repórter nega: “Estão querendo requentar um assunto velho, que sumiu das páginas dos jornais logo depois das eleições de 2010. Pelo jeito vai voltar já pensando em 2014. Talvez estejam pensando em me usar para chegar na Dilma”.

Amaury estranha que o processo sobre a violação do sigilo de tucanos tenha voltado a andar uma semana depois das eleições de 2012, quando foram chamados para depor o jornalista Luiz Lanzetta e o secretário particular do diretor de redação do Correio Braziliense e do Estado de Minas, Josemar Gimenez.

Lanzetta trabalhou na campanha de Dilma e foi acusado de ser o chefe do suposto núcleo de inteligência. Quanto a Josemar, Amaury trabalhou em O Estado de Minas, onde deu sequência à apuração dos fatos que resultaram no livro Privataria Tucana. O repórter enfatiza sempre que baseou o livro em documentos públicos obtidos em juntas comerciais e cartórios, na CPI do Banestado e no Exterior.

Aqui, pausa para uma bomba: segundo Amaury, o presidente do PSDB, Sergio Guerra, entrou na Justiça de Brasília com uma ação em que pede a retirada de circulação do livro, alegando que o Privataria Tucana causa danos morais a caciques do partido. O pedido foi feito durante a campanha de 2012 mas até hoje a Justiça não se pronunciou.

“Com certeza, o livro provocou muitos estragos nas eleições. Com certeza continuará provocando. O curioso é que eles nunca respondem especificamente às acusações ou documentos mostrados no livro”, diz Amaury.

Ele também estranha que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que recebeu dezenas de livros pelos Correios, de leitores indignados com o conteúdo, não tenha aberto um procedimento para apurar as denúncias. Amaury entregou parte dos documentos utilizados no Privataria à Polícia Federal, que até hoje não abriu inquérito.

Além disso, apesar de o deputado federal e ex-delegado da PF Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) ter conseguido o número de assinaturas necessárias à abertura da CPI da Privataria, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), parece ter sentado sobre o assunto.


NOVO LIVRO

Desde o lançamento do Privataria Tucana, Amaury fala em escrever a sequência. O livro já tem nome: Privataria 2, o Grande Complô.



 

Viomundo: Amaury, do que tratará o livro?

Amaury: Vou mostrar como funciona o núcleo de inteligência do PSDB, que domina até hoje setores da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Eles se movimentam para desarticular o ex-presidente Lula e futuramente a presidenta Dilma. Quero mostrar porque o PT não reage. No caso da CPI do Cachoeira, tinha a faca e o queijo na mão para investigar melhor a relação entre o bicheiro e a revista Veja.

 

Viomundo: Você tem explicação para o recuo do relator Odair Cunha (PT-MG)?

Amaury: O PT parece abafar todos os casos. Suspeito que é por um motivo simples. Herdou e deu continuidade a esquemas dos tucanos. No caso do Odair Cunha, devemos lembrar que o ex-sócio dele, que é da região de Boa Esperança, em Minas Gerais, se tornou diretor de Furnas e controla verbas e cargos. Será que tem o rabo preso e os tucanos descobriram?

 

Viomundo: E a CPI da Privataria, agora sai?

Amaury: Acho que não sai. Tudo indica que o PT tenha herdado o esquema promíscuo que os tucanos tinham com as empresas de telecomunicações. Diante da nova denúncia do Marcos Valério, que diz que a Brasil Telecom teria doado 7 milhões de reais ao PT, o partido vai ficar totalmente desmoralizado se a CPI não for aberta. Se não for aberta, vai ficar bem claro que eles temem que as investigações atinjam o próprio PT.

 

Viomundo: O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, chegou a convidar o ex-presidente FHC para falar sobre a lista de Furnas. Mas foi desautorizado pelo líder do PT no Senado, Walter Pinheiro. Afinal, essa lista de Furnas é falsa, como afirmam os tucanos?

Amaury: O laudo da perícia da Polícia Federal diz que é verdadeira. A lista mostra doações de campanha feitas por um esquema montado em Furnas para vários caciques do PSDB, dentre os quais Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra. O caso foi denunciado na Justiça federal do Rio de Janeiro pela procuradora Andrea Bayão Ferreira, que em seu relatório diz não ter dúvidas da existência do esquema, que era abastecido por empresas fornecedoras de Furnas. Mas a Justiça Federal transferiu o caso para a Justiça estadual do Rio de Janeiro, apesar de Furnas ser uma estatal federal. É outro caso no qual o procurador Gurgel não tomou qualquer providência. Será que ele faria o mesmo se fosse um esquema petista?

 

Viomundo: E essa história do mensalão tucano, anda?

Amaury: Mais uma vez houve tratamento diferenciado ao PSDB. No caso do mensalão tucano, houve desmembramento das investigações, encaminhadas à Justiça de Minas. No STF só serão julgados os reús com foro privilegiado. Vai ficar mais difícil montar o quebra-cabeças que facilitaria a condenação, como foi o caso do mensalão petista. As teorias do Gurgel não teriam vingado se tivesse havido desmembramento também no mensalão petista. No caso dos tucanos, houve.

 

Viomundo: Lula nunca falou sobre a Operação Porto Seguro, aquela que desvendou um esquema de tráfico de influência nas agências reguladoras e que teria a participação de Rosemary Nogueira. A mídia explorou o que define como “relações íntimas” entre o ex-presidente Lula e Rosemary. O que te pareceu o caso?

Amaury: São denúncias sérias, que devem ser apuradas. Mas outra vez a imprensa, a Polícia Federal e o Ministério Público dão tratamento desigual a petistas e tucanos. Devemos lembrar que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acreditava ter tido um filho com uma jornalista da Globo e a imprensa não só calou a respeito durante quase duas décadas como ajudou a abafar o caso. Uma concessionária pública, a Globo, transferiu a mãe do menino para a Espanha. Conheço bem essa história. Nunca toquei no assunto por se tratar da vida pessoal. Mas diante do cinismo da imprensa estou pensando em incluir no livro algumas revelações sobre como era o esquema para sustentar mãe e filho na Europa. É jornalistacamente relevante por se tratar de dinheiro de caixa dois, de financiamento de campanha. Tenho uma testemunha que sabe de tudo.

 

Viomundo: Você não poupa nem a PF, que vem trabalhando como nunca?

Amaury: O governo é petista, mas há um núcleo tucano na PF, tanto que a presidente da República só ficou sabendo da Operação Porto Seguro depois que ela foi deflagrada. O ministro da Justiça apareceu na TV com aquela cara de bobo, ficou vendido. Vale lembrar que o início das investigações se deu pelas mãos do serviço de inteligência do PSDB, que cooptou testemunhas para levar o caso adiante. Meu livro vai contar os detalhes de como isso aconteceu. Vai também desnudar as relações promíscuas entre integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal com o alto tucanato. Como vou sustentar, é mesmo um grande complô.

 

Viomundo: Mas se a Rosemary foi exonerada no dia seguinte à operação da PF, Dilma não sabia de nada antecipadamente? Há especulação de que ela deixou andar justamente para eliminar um núcleo de corrupção que herdou do governo Lula…

Amaury: Essa é a grande pergunta, até hoje não foi respondida. Pretendo responder no livro.

 

Viomundo: Já que estamos no campo das especulações, e a boataria sobre a saída de Dilma do PT para o PDT?

Amaury: Seria um suicídio político. No PDT há uma briga de vida e morte entre a família Brizola e o ex-ministro Carlos Lupi. Só faria sentido ela sair do PT se o Lula fosse candidato em 2014, o que o atual quadro político não indica.

 

Viomundo: E essas gravações que você fez, do pessoal que tentou armar contra você, vão entrar no livro?

Amaury: Com certeza, mas antes vou entregar todo o material à Polícia Federal e à Justiça. Quero deixar claríssimo que eles escolhem os casos para investigar e punir. Como eles até agora não tomaram providências, pretendo entrar com representações na PF e no Ministério Público pedindo a apuração das denúncias contidas no Privataria Tucana. Quero ver eles sentarem em cima do assunto. Pelo jeito só vai me restar fazer denúncias fora do Brasil por meio da ICIJ, International Consortium of Investigative Journalists (http://www.icij.org/), entidade que tem sede nos Estados Unidos e representação em dezenas de paises. Fui o primeiro repórter brasileiro a integrar a entidade e estou pensando em acioná-la se as autoridades brasileiras não tomarem providências.


http://www.viomundo.com.br/denuncias/amaury-ribeiro-jr-promete-revelar-em-novo-livro-bastidores-do-complo-para-derrubar-lula-e-dilma.html

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

'O populismo tarifário de Getúlio se repete'


brasil 247

Para historiador Ney Carvalho, governo Dilma segue as mesmas atitudes demagogas adotadas no tratamento regulatório da energia elétrica em 1930, que reduziram o crescimento do setor a 1% ao ano

18 de Dezembro de 2012 às 05:50

247 – Para o historiador Ney Carvalho, a marchinha de Carnaval "Rio, cidade que seduz, de dia falta água, de noite falta luz", criada em 1954, nunca esteve tão em voga. Para ele, os erros cometidos por Getúlio Vargas, com sua demagogia tarifária no tratamento regulatório da energia elétrica, atrasaram o crescimento da indústria e voltam a se repetir com o novo plano do governo federal. Leia:


Getúlio e energia elétrica: a história se repete

Não é a primeira vez que se unem, no Brasil, insegurança jurídica, nacionalismo e mal disfarçada ojeriza à livre iniciativa, além de demagogia tarifária no tratamento regulatório da energia elétrica.

As mesmas atitudes que hoje conduzem o governo federal no tema já foram presenciadas durante os anos de Getúlio Vargas à frente do Estado brasileiro, entre 1930 e 1945. Parece recomendado rever o histórico, as providências daquele período e suas consequências nefastas.

Vargas é tido, usualmente, como o grande modernizador do Brasil, apesar de essa não ser a realidade. O crescimento do parque energético nacional, por exemplo, foi brutalmente refreado, sob argumentos e pano de fundo em tudo semelhantes aos que vivemos na atualidade.

A Constituição de 1891 concedera ampla autonomia aos Estados e municípios para concessão de serviços em seus territórios. Com isso, em 1930, já eram mais de mil as concessionárias, privadas ou municipais, de energia elétrica em atuação no país.

Havia, no entanto, uma preponderância de duas empresas estrangeiras: a canadense Light e o grupo norte-americano Amforp.

A partir daquele ano, a insegurança jurídica foi permanente. Com exceção do breve triênio da Constituição de 1934, o país foi dirigido durante 12 anos por decretos executivos e decretos-lei, versões um pouco pioradas das medidas provisórias.

O cerco à indústria de eletricidade iniciou-se em setembro de 1931, quando foram proibidos negócios envolvendo terras que contivessem cursos d'água com potencial de exploração energética. Nenhuma empresa poderia se expandir.
Em 27 de novembro de 1933, a maior quebra de contratos da história brasileira, alcançou, em cheio, as concessionárias. Foi a proibição da "cláusula ouro", uma espécie de correção cambial que preservava da inflação a metade das receitas das companhias de energia elétrica.

O populismo tarifário se apresentava em marcha batida. Naquela data, Getúlio Vargas anotou em seu diário: "Assino o decreto abolindo os pagamentos em ouro feitos obrigatoriamente no Brasil. Isso atinge principalmente as empresas de serviços públicos, Light e outras (...), causando excelente efeito no público". O excelente efeito no público era sua única preocupação.

Em seguida o Código de Águas, de julho de 1934, completava o círculo de fogo. As tarifas passaram a ser fixadas sobre o "custo histórico" dos investimentos, sem levar em conta a desvalorização monetária. Ficavam vedadas ampliações ou mesmo modificações nas usinas até a revisão dos contratos, o que nunca foi feito. Proibia-se, também, o ingresso de novos investimentos estrangeiros no setor, bem como quaisquer aumentos de tarifas.

Há um episódio que revela a ignorância e leviandade com que todo o assunto foi tratado. Em recente biografia do economista Eugênio Gudin (1886-1986) é relatado um diálogo, oito anos depois, em 1942. Vargas lhe pergunta o que significava "custo histórico". Comentários são dispensáveis.

Segundo a Memória da Eletricidade no Brasil, o crescimento da indústria de energia elétrica, que havia sido de 8,4% ao ano na década de 1910, e 7,8%, nos anos 1920, caiu para 4,9% entre 1930 e 1940, ainda efeito retardado de investimentos anteriores, e se reduziu a apenas 1,1% ao ano até 1945.

O somatório das políticas de insegurança jurídica, aversão a investimentos privados e busca de modicidade tarifária vieram ecoar no Carnaval de 1954, um quarto de século após o início dos governos Vargas. Naquele ano, um dos maiores sucessos foi a marchinha "Vagalume". Ela cantava: "Rio de Janeiro, cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz".


Interessante que ele em momento algum lembrou de FHC e seus apagões e coisas afins, mas...
vejamos quem é esse senhor:

Esse "historiador" Ney Carvalho nasceu em 1940 no Rio de Janeiro, se formou em direito na PUC-RJ e atuou na corretora de valores de sua família, fundada em 1859.

Fez aperfeiçoamento em mercado de capitais na New York University (EUA).
Pertenceu ao Conselho de Administração da Bolsa do Rio no biênio 1969-1970 e fez parte da primeira diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 1977.

Essa corretora foi uma das operadoras da manipulação dos preços das ações promovida pelo especulador Naji Nahas no grande escândalo que quebrou a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em junho de 1989, ocasionando prejuízos de mais de 400 milhões de dólares e a quebra de alguns bancos e a liquidação de 6 corretoras de valores, entre as quais a centenária corretora desse "historiador" Ney Carvalho.

Em 2009 Ney Carvalho publicou o livro "A guerra das privatizações", com prefácio de Fernando Henrique Cardoso, defendendo inteiramente todo o processo e sua lisura do que hoje conhecemos como Privataria Tucana.

Assim, nada a estranhar no texto desse "historiador" cuja família desde antes de Getúlio já trabalhava com a especulação financeira e atuava explicitamente contra todas as medidas nacionalistas dos grandes governantes que mais lutaram e fizeram pela independência e crescimento de nosso país.

Ney Carvalho, cuja família tanto prejuízo deu ao país com suas especulações e golpes financeiros "desde 1859", mantém-se coerente com seus princípios de defesa da escandalosa Privataria Tucana.

Fontes:
1- http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=6716 .

2- http://pernambuco.brasil247.com.br/pt/247/midiatech/56675/Em-carta-aberta-a-A%C3%A9cio-historiador-sugere-radicalizar-privatiza%C3%A7%C3%B5es.htm 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Datafalha desmoraliza o PiG (*)



ConversaAfiada

 Publicado em 17/12/2012 

Folha foi a “campo” quando mais batia no Lula. Quem semeia o vento colhe …

Saiu na Carta Maior excelente análise do Saul Leblon (quem será ? Será parente do Stanley ?):



Datafolha, o descrédito camuflado



A pesquisa do Datafolha divulgada neste domingo envolve um contexto tão ou mais humilhante para a oposição e o seu dispositivo midiático do que os resultados que revela.

O que revela, em contrapartida, deve ser encarado com cautelosos festejos pelo governo: pode ser a ante-sala de uma radicalização ainda maior do conservadorismo.

Os números tabulados são devastadores.

Dos entrevistados, 56% e 57% preferem que Brasil continue governado,respectivamente, por Lula ou Dilma, rejeitando a hipótese de se transferir o comando da sociedade à oposição.

Significa que Lula ou Dilma, é indiferente, qualquer um dos dois venceria hoje as eleições presidenciais num hipotético primeiro turno. Repita-se: o PT tem dois candidatos para vencer; a oposição não tem nenhum.

Esse é o tamanho do rombo que o Datafolha desvela na trincheira neoudenista, após cinco meses de açoites sucessivos, iniciados com o julgamento da Ação 470, em 2 de agosto.

Com Lula ou Dilma, o PT supera a soma das preferências atribuídas a todas as alternativas reais ou acalentadas pela direita brasileira – de Marina Silva a Aécio, passando pelo eterno candidato da derrota conservadora, José Serra, ao cobiçado Eduardo Campos.

O resultado é ainda mais humilhante quando se contextualiza a sua coleta.

A pesquisa foi feita estrategicamente no dia 13 de dezembro, 5ª feira passada, ouvindo-se 2.588 pessoas.

A Folha aguardou todo o desgaste da Operação Seguro, iniciada no dia 24 de novembro. Deixou acumular vapor na fornalha e enviou seus pesquisadores a campo no dia seguinte ao vazamento das supostas acusações de Marcos Valério contra Lula.

É uma aula de como fazer política com pesquisas supostamente ‘científicas’.


Primeiro , o jornal e seus assemelhados dão uma ‘esquentada’ na opinião pública. Concluído o bombardeio, lá vai o isento Datafolha mensurar ‘cientificamente’ o diâmetro da cratera aberta no prestígio do PT e do governo.

Não incorre em erro quem asseverar que o Datafolha dilapida rapidamente a sua credibilidade nessa endogamia entre manchetes e enquetes.

Neste caso, por exemplo, a pesquisa foi dia 13 porque no dia 12 as manchetes dos jornais foram as seguintes:


‘O Globo’ 12/12/2012:

* ‘Operador do mensalão disse ter pagado despesas do então presidente da República Lula e que este sabia dos empréstimos ao PT’.

*’Joaquim defende nova investigação (diante das acusações de Marcos Valério a Lula);

* ‘Sou o garganta profunda do PT; o bicheiro Carlinhos Cachoeira deixou o presídio com insinuações contra o PT’.



‘Estadão’,12/12/2012:

*’BB arrecadava para PT, diz Valério’.

*’Joaquim Barbosa afirma que Lula tem de ser investigado’.

* ‘PF apura se Rose e irmãos Vieira ocultam bens’.



‘Folha de SP’ 12/12/2012

‘Presidente do Supremo quer Lula investigado no ‘mensalão’ .


Foi assim que a coisa se deu, com o efeito bumerangue conhecido.

Há mais , porém. E não é menos sugestivo do expediente ardiloso que assentou praça em veículos que antigamente gostavam de ostentar o seu ‘republicanismo’.

Camuflado sob o título ‘Aumenta a percepção de corrupção no governo’, a Folha asfixia em quatro linhas de rodapé outra novidade incômoda trazida das ruas.

O elemento camuflado pelo jornal diz respeito exatamente ao exercício da manipulação.

A pesquisa do Datafolha mostrou uma queda de 10 (dez) pontos percentuais na confiança da população na imprensa, comparando-se justamente o período em que ela foi mais ativa na escalada criminalizante contra o PT e suas lideranças. Ou seja, de 2 de agosto, início do julgamento do chamado ‘mensalão’, até o último dia 13 de dezembro.

Nenhum dos colunistas isentos abriu o bico longo para comentar esse degrau abrupto e suas interações com o viés da cobertura precedente.

O fato de que o jornal dos Frias tenha camuflado uma variação estatística que é o dobro daquela destacada na manchete sobre corrupção (cuja percepção saltou de 64% para 69% no mesmo período) apenas comprova a pertinência da desconfiança registrada na pesquisa.

A manipulação dentro da manipulação serve também de advertência ao governo: o conservadorismo brasileiro dobrou um Rubicão.

Repita-se o que tem dito Carta Maior: não se espere recuo ou acomodação em meio a escalada conservadora para voltar ao poder.

A mídia já está em campanha e o que tem cometido e ventilado como jornalismo deixa pouca dúvida sobre seus planos,seus propósitos e seu método.



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Discurso de Leonardo Boff e Chico Buarque no ato de intelectuais e artistas

em plena campanha para a presidência de 2010, Leonardo Boff pergunta:

Como entregar o país na mão de pessoas que sentem aversão até dos seus?

O que é realmente uma verdadeira Revolução?

Aqui está o depoimento de um homem que eu aprendi admirar e respeitar...

Um homem íntegro
Um homem à frente de seu tempo
Um homem de caráter...


Aqui está com todas as Letras
o que muitos falaram esse tempo todo


esse discurso é realmente emocionante e contundente



Este é o GRANDE LEONARDO BOFF, que foi obrigado a calar e parar de escrever por ordem do Vaticano... o pai da Teologia da Libertação.

Abraços Dilmistas, Lulistas e Petistas !





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