unisinos
18 dezembro de 2012
Com liminar que prevê multa diária de R$ 1.000, o blog Falha de S.Paulo segue fora do ar e sem veicular conteúdo. Em conversa com o Comunique-se, o idealizador da página que satiriza o jornal a Folha de S.Paulo, diz que, no país, a liberdade de expressão não é garantida para todos. "A censura é proibida em tese, mas, na prática, ela só é garantida para quem tem dinheiro".
A reportagem é de Nathália Carvalho e publicada no portal Comunique-se, 14-12-2012.
O assunto voltou a ser debatido quando, nessa quinta-feira, 13, a
situação foi apresentada ao relator especial da ONU para a Liberdade de
Expressão, Frank la Rue. Na ocasião, Lino conta
que o representante não entendeu os motivos de o jornal ter aberto o
processo e afirmou que "o humor incomoda mais do que a crítica".
Há
dois anos, a página que parodiava o veículo foi tirada do ar, pois a
Folha alegou que os autores usavam logo, fontes, conteúdo e fotos que
caracterizavam o projeto gráfico do impresso. Para Lino, a questão não foi bem essa. "Criamos a página para criticar a postura da Folha, que se diz apartidária, mas faz jornalismo partidário.
Eles têm preferências políticas muito claras. Não acho isso ruim. O
errado é ser hipócrita falando que é imparcial", argumentou.
De acordo com as informações, o relator vai analisar os documentos entregues por Lino a
ele e, provavelmente, se pronunciar sobre o assunto. Uma das ideias do
criador do Falha com esta ação é que os veículos convencionais abordem o
tema em pautas. "Ninguém fala sobre o assunto porque existe muito
corporativismo nas redações", diz. A reportagem procurou o jurídico da
Folha, mas ainda não teve retorno. A previsão é que o processo seja
julgado no próximo ano.
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
Gilmar investe contra Wikipédia e "blogs sujos"
brasil247
247 – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal, acaba de comprar uma briga que ainda vai dar muito
pano pra manga. Segundo informa o blog do jornalista João Bosco Rabello,
do Estado de S. Paulo, ele pediu à Polícia Federal que abra
investigação contra a Wikipédia, enciclopédia virtual, feita de forma
colaborativa, que produziu um verbete a seu respeito.
Nele, Gilmar é tratado de forma predominantemente respeitosa (leia aqui o perfil completo), mas a Wikipédia também incluiu dados de reportagens que o criticam, especialmente de Carta Capital. Leia abaixo:
Em razão da crítica, Mendes pediu a investigação. Segundo ele, o verbete de uma enciclopédia deve ter caráter informativo – e não ideológico.
Paralelamente, o ministro do STF também pedirá ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que investigue os valores dos patrocínios de empresas estatais aos chamados “blogs sujos”. Seus principais alvos são os sites dos jornalistas Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif, que, segundo ele, atacam as instituições democráticas – e o veto, segundo ele, não fere a liberdade de expressão.
É uma guerra inglória, que poderá transformar o ministro do STF em alvo constante da blogosfera.
6 de Agosto de 2012 às 12:49
Ministro do STF pediu à Polícia Federal abertura de inquérito contra a
enciclopédia virtual, que incluiu no seu verbete dados de reportagens da
revista Carta Capital; Gilmar Mendes também pretende proibir anúncios
de estatais em sites que o criticam, como os de Paulo Henrique Amorim e
Luís Nassif
Nele, Gilmar é tratado de forma predominantemente respeitosa (leia aqui o perfil completo), mas a Wikipédia também incluiu dados de reportagens que o criticam, especialmente de Carta Capital. Leia abaixo:
Denúncias veiculadas na Carta Capital
Em matéria de 2012, Carta
Capital veiculou diversas denúncias contra Gilmar Mendes.[63] Nela,
Mendes é acusado de
sonegação fiscal[64],
de ter viajado em aviões
cedidos pelo ex-senador Demóstenes Torres,[65][66]
de intervir em
julgamentos em favor de José Serra.[67][68][69],
de nepotismo,[70]
e
testemunho falso ao relatar uma suposta chantagem do
ex-presidente Lula para que adiasse o processo do Mensalão para depois
das eleições municipais de 2012.[71][72]
A revista repercute acusações
de certos movimentos sociais[quem?] dele ser o "líder da oposição", de
estar destruindo o judiciário e de servir a interesses de grandes
proprietários. Mendes porém volta à afirmar não ser o líder da
oposição.[73]
No dia 31 de maio de 2012,
o PSOL protocolou uma representação na Procuradoria Geral da
República contra o ministro Gilmar Mendes questionando a conduta do
magistrado em relação às denúncias de que teria sofrido pressão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para adiar o julgamento do
mensalão.[74] A representação se encontra em curso.
Em setembro de 2010, a reportagem
da Folha de S. Paulo presenciou uma ligação de José Serra para Gilmar
Mendes.[67] Segundo o jornal, José Serra teria ligado para Gilmar Mendes
para pedir o adiamento de uma votação sobre a obrigatoriedade de dois
documentos para votar (julgamento de ADI pedida pelo PT).[67] Gilmar
Mendes foi acusado de nepotismo por[quem?]. Em março de 2012, a Folha de
S. Paulo revelou que a enteada do ministro Gilmar Mendes é assessora do
senador Demóstenes Torres. Segundo a Folha, especialistas afirmaram que
o caso poderia ser discutido no âmbito da regra antinepotismo porque
súmula do STF impede a nomeação para cargos de confiança de parentes de
autoridades dentro da "mesma pessoa jurídica".[75]
Em uma conversa entre o
senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela
Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar afirma a
Cachoeira ter obtido favores junto ao ministro Gilmar Mendes para levar
ao STF uma ação envolvendo a Companhia Energética de Goiás
(Celg).[76] Considerada a "caixa preta" do governo de Minas,
a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca de R$ 6
bilhões.[76] Segundo reportagem do Estadão, Demóstenes disse a Cachoeira
que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma
decisão judicial, tendo "trabalhado ao lado do ministro para
consegui-lo".[77]
O ministro Gilmar Mendes também foi acusado por Carta
Maior - O portal da esquerda de ter relações com o
contraventor Carlinhos Cachoeira e seu amigo Demóstenes Torres. O
ministro porém negou ter viajado em avião de Cachoeira e apresentou
documentos que, segundo ele mesmo, desmentem tais acusações.[78]
O ministro foi acusado em abril de
2011 pelo seu ex-sócio e ex-procurador-geral da República Inocêncio
Mártires Coelho por desfalque e sonegação fiscal. Mendes recebeu, a seu
favor, um parecer assinado pelo advogado-Geral da União, Luís Inácio
Adams, o qual valida o despejo de Mártires Coelho do cargo de gestor do
IDP. O denunciante deu o processo por encerrado em troca da quantia de
R$ 8 milhões.[79]
Paulo Lacerda, ex-diretor da Policia
Federal e da Abin, envolvido no escândalo dos grampos da Operação
Satiagraha, foi acusado por Gilmar Mendes de estar "assessorando" o
ex-presidenteLula. Lacerda acusou, em retorno, Mendes de mentir e dizer
leviandades.[80] A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
(ADPF) manifestou solidariedade a Paulo Lacerda.[8]
Em razão da crítica, Mendes pediu a investigação. Segundo ele, o verbete de uma enciclopédia deve ter caráter informativo – e não ideológico.
Paralelamente, o ministro do STF também pedirá ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que investigue os valores dos patrocínios de empresas estatais aos chamados “blogs sujos”. Seus principais alvos são os sites dos jornalistas Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif, que, segundo ele, atacam as instituições democráticas – e o veto, segundo ele, não fere a liberdade de expressão.
É uma guerra inglória, que poderá transformar o ministro do STF em alvo constante da blogosfera.
‘blogs sujos’ - A blogofobia de José Serra
ter 24 jul
A blogosfera e as redes sociais são o calcanhar de Aquiles de
José Serra, e não é de agora. Na campanha eleitoral de 2010, o tucano
experimentou, pela primeira vez, o gosto amargo da quebra da hegemonia
da mídia que o apóia – toda a velha mídia, incluindo os jornalões, as
Organizações Globo e afins. O marco zero desse processo foi a
desconstrução imediata, online, da farsa da bolinha de papel na
careca do tucano, naquele mesmo ano, talvez a ação mais vexatória da
relação imprensa/política desde a edição do debate Collor x Lula, em
1989, pela TV Globo. Aliás, não houvesse a internet, o que restaria do
episódio do “atentado” ao candidato tucano seria a versão risível e
jornalisticamente degradante do ataque do rolo de fita crepe montado às
pressas pelo Jornal Nacional, à custa da inesquecível performance do
perito Ricardo Molina.
A repercussão desse desmonte midiático na rede mundial de
computadores acendeu o sinal amarelo nas campanhas de marketing do PSDB,
mas não o suficiente para se bolar uma solução competente nas hostes
tucanas.
Desmascarado em 2010, Serra reagiu mal, chamou os blogueiros que lhe faziam oposição de “sujos”, o que, como tudo o mais na internet, virou motivo de piada e gerou um efeito reverso. Ser “sujo” passou a ser um mérito na blogosfera em contraposição aos blogueiros “limpinhos” instalados nos conglomerados de mídia, a replicar como papagaios o discurso e as diatribes dos patrões, todos, aliás, alinhados à campanha de Serra.
Ainda em 2010, Serra tentou montar uma tropa de trolls na internet comandada pelo tucano Eduardo Graeff, ex-secretário-geral do governo Fernando Henrique Cardoso. Este exército de brucutus, organizado de forma primária na rede, foi facilmente desarticulado, primeiro, por uma reportagem de CartaCapital, depois, por uma investigação do Tijolaço.com, blog noticioso, atualmente desativado, do ministro Brizola Neto, do Trabalho.
Desde então, a única estratégia possível para José Serra foi a de desqualificar a atuação da blogosfera a partir da acusação, iniciada por alguns acólitos ainda mantidos por ele nas redações, de que os blogueiros “sujos” são financiados pelo governo do PT para injuriá-lo. Tenta, assim, generalizar para todo o movimento de blogs uma realidade de poucos, pouquíssimos blogueiros que conseguiram montar um esquema comercial minimamente viável e, é preciso que se diga, absolutamente legítimo.
Nos encontros nacionais e regionais de blogueiros dos quais participo, há pelo menos três anos, costumo dar boas risadas com a rapaziada da blogosfera que enfrenta sozinha coronéis da política e o Poder Judiciário sobre essa acusação de financiamento estatal. Como 99% dos chamados blogueiros progressistas (de esquerda, os “sujos”) se bancam pelo próprio bolso, e com muita dificuldade, essa discussão soa não somente surreal, mas intelectualmente desonesta. Isso porque nada é mais financiado por propaganda governamental e estatal do que a velha mídia nacional, esta mesma que perfila incondicionalmente com Serra e para ele produz, não raramente, óbvias reportagens manipuladas. Sem a propaganda oficial do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobras, todos esses gigantes que se unem para defender a liberdade de imprensa e expressão nos convescotes do Instituto Millenium estariam mendigando patrocínio de açougues e padarias de bairro para sobreviver.
Um candidato de direita, apoiado pelos setores mais reacionários, homofóbicos, racistas e conservadores da sociedade brasileira a chamar seus opositores de nazistas. Antes fosse só uma piada de mau gosto.
A blogosfera e as redes sociais são o calcanhar de Aquiles de José Serra, e não é de agora
Desmascarado em 2010, Serra reagiu mal, chamou os blogueiros que lhe faziam oposição de “sujos”, o que, como tudo o mais na internet, virou motivo de piada e gerou um efeito reverso. Ser “sujo” passou a ser um mérito na blogosfera em contraposição aos blogueiros “limpinhos” instalados nos conglomerados de mídia, a replicar como papagaios o discurso e as diatribes dos patrões, todos, aliás, alinhados à campanha de Serra.
Ainda em 2010, Serra tentou montar uma tropa de trolls na internet comandada pelo tucano Eduardo Graeff, ex-secretário-geral do governo Fernando Henrique Cardoso. Este exército de brucutus, organizado de forma primária na rede, foi facilmente desarticulado, primeiro, por uma reportagem de CartaCapital, depois, por uma investigação do Tijolaço.com, blog noticioso, atualmente desativado, do ministro Brizola Neto, do Trabalho.
Desde então, a única estratégia possível para José Serra foi a de desqualificar a atuação da blogosfera a partir da acusação, iniciada por alguns acólitos ainda mantidos por ele nas redações, de que os blogueiros “sujos” são financiados pelo governo do PT para injuriá-lo. Tenta, assim, generalizar para todo o movimento de blogs uma realidade de poucos, pouquíssimos blogueiros que conseguiram montar um esquema comercial minimamente viável e, é preciso que se diga, absolutamente legítimo.
Nos encontros nacionais e regionais de blogueiros dos quais participo, há pelo menos três anos, costumo dar boas risadas com a rapaziada da blogosfera que enfrenta sozinha coronéis da política e o Poder Judiciário sobre essa acusação de financiamento estatal. Como 99% dos chamados blogueiros progressistas (de esquerda, os “sujos”) se bancam pelo próprio bolso, e com muita dificuldade, essa discussão soa não somente surreal, mas intelectualmente desonesta. Isso porque nada é mais financiado por propaganda governamental e estatal do que a velha mídia nacional, esta mesma que perfila incondicionalmente com Serra e para ele produz, não raramente, óbvias reportagens manipuladas. Sem a propaganda oficial do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Petrobras, todos esses gigantes que se unem para defender a liberdade de imprensa e expressão nos convescotes do Instituto Millenium estariam mendigando patrocínio de açougues e padarias de bairro para sobreviver.
Como nunca conseguiu quebrar a espinha dorsal da blogosfera e é um
fiasco quando atua nas redes sociais, a turma de Serra tenta emplacar,
agora, a pecha de “nazista” naqueles que antes chamou de “sujo”.
É uma
estratégia tão primária que às vezes duvido que tenha sido bolada por
adultos.
Um candidato de direita, apoiado pelos setores mais reacionários, homofóbicos, racistas e conservadores da sociedade brasileira a chamar seus opositores de nazistas. Antes fosse só uma piada de mau gosto.
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